A
obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a
nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência
familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80 a
90% de probabilidade de serem obesos.
A
nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada
será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos
primeiros anos de vida, aumenta o número de células adiposas, um
processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a
vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares
industrializados. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro
lugar, no compromisso de querer
assumir o desafio, pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil.
As
conseqüências dessa alimentação engordurada podem não ser inocentes.
Artérias entupidas e diabetes são apenas algumas das possíveis conseqüências
do excesso de peso. Mas, independentemente das conseqüências, existe
hoje uma unanimidade entre os médicos para se considerar a própria
obesidade como uma doença. E o que é pior: uma doença crônica e incurável.
Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem um
aumento do número de células adiposas (obesidade hiperplástica) ou um
aumento do peso das células adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma
combinação das duas coisas.
Esse
é um dos fatores que faz com que, uma vez adquirida, a obesidade se torne
crônica. O indivíduo pode até emagrecer, mas vai ter que se cuidar pelo
resto da vida para não engordar de novo. É por isso também que, a longo
prazo, os regimes restritivos não resolvem. Com eles, a pessoa emagrece
rapidamente. Mas não consegue suportar, por muito tempo, as restrições
impostas pelo regime. E volta a engordar. É o chamado "efeito
sanfona", o massacrante vai-e-vem do ponteiro da balança.
O
primeiro passo: levantar da poltrona e mexer o corpo
O sedentarismo é a causa mais importante do
excesso de peso e da obesidade. Por esse simples motivo, a atividade física
tem que ser o primeiro item de qualquer programa
realista de tratamento da
doença. A pessoa sedentária deve começar reeducando-se em suas
atividades cotidianas. Se ela mora em apartamento, por exemplo, pode
utilizar as escadas, em vez do elevador. Mesmo isso, porém, deve ser
feito gradativamente. A pessoa que mora no sétimo andar pode subir apenas
um lance de escada no primeiro dia e o restante de elevador. E ir
aumentando o esforço, dia após dia, até conseguir galgar todos os andares.

A
partir daí, abre-se espaço para uma atividade física sistemática. Mas
é preciso que seja uma atividade aeróbica (caminhada, esteira, corrida,
bicicleta, hidroginástica, natação, remo, dança, ginástica aeróbica
de baixo impacto etc.), com elevação da freqüência cardíaca a até
75% de sua capacidade máxima.
Nessas
condições, a primeira coisa que o organismo faz é lançar mão da
glicose, armazenada nos músculos sob a forma de glicogênio. Depois de
aproximadamente 30 minutos, quando o glicogênio se esgota, o organismo
começa a queimar gordura como fonte de energia.
As
dietas restritivas devem ser evitadas. Até porque, exatamente pelo fato
de serem desbalanceadas, o organismo se defende espontaneamente delas,
fazendo com que, após um período de restrição, a pessoa coma muito
mais. O que o indivíduo precisa, isto sim, é buscar uma mudança no
estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o
papel mais importante no emagrecimento.
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